A estrela é chamada SN 1987A. Sua transformação em supernova ocorreu a uma distância cósmica muito próxima – na Grande Nuvem de Magalhães, a 168 mil anos-luz da Terra. Graças a isso, acompanhar o objeto ficou mais fácil que o normal, como pesquisador e engajado por alguns meses. Mas após a extinção da supernova no suposto local de seus restos não havia nada.
A ciência diz que após a transformação de uma supergigante azul em supernova, seus remanescentes dão origem a um buraco negro ou estrela de nêutrons. Ambos são extremamente difíceis de detectar em tenra idade, antes de atrair detritos espaciais. A sorte sorriu para uma equipe da Universidade de Cardiff, que em 2019 notou anomalias no brilho em certos comprimentos de onda da luz.
Os cientistas usaram instrumentos infravermelhos a bordo do Telescópio James Webb para analisar a poeira no local do SN 1987A. Eles encontraram vestígios de argônio, que foi ionizado cinco vezes. Para eliminar quase um terço dos 18 elétrons de um átomo dessa substância, são necessários fótons de energia muito alta. Apenas uma estrela de nêutrons neste canto do cosmos poderia ser a fonte.